Nunca Antes na História


Amar é... complicado. Quando se tem aquilo que agrada, é tudo uma maravilha. Quando se perde aquilo que mais gosta, é tudo uma desgraça. Para recuperar o que foi tirado, é preciso determinação, perseverança e dedicação. Joe Mazzulla (foto acima), armador da Universidade West Virginia, passou pela provação de ficar sem o que mais ama: jogar basquete.

Neste ponto da sua carreira amadora, Mazzulla olha para trás e percebe o grande vale que ultrapassou após chegar ao topo de um monte; experimentando o fel do ostracismo logo em seguida. Foi um ano e meio fora da NCAA por uma contusão no ombro esquerdo e depois de passar 32 jogos do campeonato 2009-10 na reserva e marcar míseros 2.2 PPJ, ele teve seu grande momento no Torneio deste ano ao ser fundamental na vitória da sua equipe contra a poderosa Kentucky, anotando 17 pontos e defendendo talentosos atletas como John Wall e Eric Bledsoe.

Esta foi mais uma grande atuação dele no Torneio da NCAA.

Os Mountaineers irão enfrentar Duke na semifinal do Final Four em Indianápolis neste sábado. As lembranças são boas para Mazzulla que quando ainda era segundanista, em 2008, fez uma atuação memorável contra a então número 2 Duke. West Virginia, número 7 daquela chave, derrotou os Blue Devils deixando o mundo do basquete atônito. O responsável principal por isto foi Mazzulla, que marcou 13 pontos, 11 rebotes e 8 assistências na partida.

Nada parava Joe, que começou na reserva, mas o técnico Bob Huggins o manteve em quadra assim que entrou. Duke era um time fortíssimo (os 5 titulares deste ano – Nolan Smith, Jon Scheyer, Kyle Singler, Lance Thomas e Brian Zoubek – estavam no elenco) e West Virginia controlou o confronto desde o início. Assim que o jogo aproximava do final, alguns jogadores de Duke foram mais agressivos contra Mazzulla até que Thomas, em um corta-luz no meio da quadra, deu um tackle no jogador de WV, num lance totalmente maldoso. Depois de alguns minutos, Mazzulla se levantou e continuou em quadra.


Na temporada seguinte (2008-09), Joe estava ganhando espaço no time e melhorando seu condicionamento. Até que chegou o sexto jogo do campeonato contra Ole Miss e uma colisão com um adversário lesionou gravemente o ombro esquerdo de Mazzulla.

Desta vez conseguiram pará-lo.

Os diagnósticos eram claros: cirurgia. Atestavam uma longa recuperação e que seria improvável um retorno às quadras. Ao saber desta notícia, Mazzulla ficou inconsolado, pois via futuramente sua vida seguir em frente sem o seu amor. Não enxergava nada, na verdade, já que para ele era totalmente impossível esta história ser real.

As dificuldades só aumentaram daí em diante. O veterano e temperamental Huggins, seu treinador e homem que mais confia em Mazzula, deu um veredito dúbio na época dizendo: “Nunca vi um jogador de basquete se recuperar de uma cirurgia como esta”. Palavras que tocaram profundamente o atleta, agora rotulado por todos de desacreditado.

Em momentos de devaneios, pensava até em praticar outro esporte. O basquete iria exigir muito do seu braço esquerdo (ele é canhoto) e a probabilidade de render abaixo da sua capacidade ou ficar totalmente impossibilitado de fazer movimentos com seu ombro, o fez cogitar a possibilidade de migrar para o futebol, esporte que lhe rendeu boas atuações no high school (ensino médio) e tinha um pai/treinador que poderia auxiliá-lo.

Mazzulla, porém, tinha um relacionamento íntimo com o basquete, tão intenso que era inutil ignorar. Mesmo sendo alvo de descrença, assim que os médicos o autorizaram, voltou a treinar com bola – duas horas diárias. Não sabia se voltaria a jogar de novo, nem se teria de volta seu espaço em WV, mas lá estava ele todos os dias no ginásio fazendo exercícios e arremessando a bola... com a mão direita.

Ficar longe do seu amor deixava Mazzulla desorientado. Tudo bem que ele já estava em um progresso notório, mas não era suficiente. Em Abril de 2009, quatro meses depois de entrar no departamento médico, ele foi preso acusado de brigar num bar na cidade de Morgantown, estado da Virginia do Oeste. Suspenso pela Universidade, o retorno se tornava mais distante e a depressão e comportamentos duvidosos faziam parte do seu cotidiano.

Não poderia se diferente. Sem nada proveitoso para se fazer e com um horizonte raso e sem cor, Mazzulla precisava criar um ânimo do nada, algo que servisse como força motivadora para encarar um dia por vez. Como as opções eram poucas, ele decidiu se apegar no seu amor maior e definitivamente acreditar que poderia sim retornar as quadras, dando uma sonora resposta a Huggins.

O treinador também não tinha muita escolha e aceitou Mazzulla no elenco desta temporada. Huggins é um cara de personalidade impar e a declaração dele sobre seu armador, vez ou outra, retomava sua mente. Ele não dava atenção a esta lembrança e olhava para frente, acreditando no potencial de Joe.

O simples fato de ele estar no banco de reservas já era uma vitória. Entre os principais talentos deste time dos Mountaineers, Mazzula não figura entre eles. Mas a garra e disposição que traz para a quadra nos minutos jogados fez Huggins dá mais uma oportunidade ao garoto. No Torneio da Conferência Big East 2010 (uma das mais fortes da NCAA), Mazzulla foi um dos principais nomes da equipe na conquista histórica e inédita do título. Um sinal de que coisas boas ainda estavam por vir.

No Sweet 16 do Torneio da NCAA (oitavas de final), WV jogou sem seu armador titular, o habilidoso Darryl Bryant – machucado. O jeito era ir de Mazzula e assim Huggins fez, apesar de ter iniciado a partida contra Washington com ele na reserva. Após avançar para o Elite Eight (quartas de final), o estupendo time de Kentucky é o adversário a duelar com os Moutaineers. Huggins apostou na paixão e colocou Mazzulla como titular.

Por ser um time que joga com, basicamente, quatro alas-pivôs, Mazzulla seria um peso nulo, o jogador que a “natureza” seria a responsável em marcá-lo. Ledo engano. O camisa 21 fez uma performance de gente grande, sendo um fator decisivo e atuando de forma extraordinária contra o badalado John Wall. Os ataques a cesta de Mazzulla deixaram surpresos aos que assistiam ao jogo, mostrando não ser intimidado por ninguém. Nada iria bloquear seu ímpeto de vencer.


Depois da partida, Mazzulla fez questão de mencionar Huggins. Ele, entretanto, não lembrou da declaração que seu treinador deu sobre sua recuperação. Ele lembrou da nova chance dada a ele. Embora ele tenha se comportado mal fora das quadras e ter um atestado de invalidez, Huggins o colocou no banco e o destino fez das suas: quando o treinador mais precisava, lá estava Mazzulla pronto para o combate.

O momento é de avançar rumo ao próximo desafio. Depois de superar um obstáculo intransponível, a meta é conseguir reescrever novamente a história e repetir a atuação de 2008 contra a poderosa Duke.

Se isto nunca aconteceu, não vale a pena duvidar.



(GL)


© 1 Damian Strohmeyer / SI
© 2 Jon Biever / SI

O Que Parece Não É


Ryan Sandberg, treinador e lendário camisa 23 do Chicago Cubs (10 vezes no Jogo das Estrelas e 9 vezes Luva de Ouro), não está querendo dizer que alguém ganhou um brinde na cabeça, “Ryno” está transmitindo uma informação através de um gesto, um sinal que só seus comandados - das divisões de base dos Cubs -, decifram (é o que ele espera).

O beisebol é rodeado de sinais, uma maneira dos treinadores e jogadores se entenderem no campo, passando informações usando as mãos; na maioria das vezes. Diz a lenda que este tipo de comunicação surgiu no meio do século XIX, quando o jogador William “Dummy” Holy, surdo, recebia recados do treinador da terceira base (3B) via linguagem de sinais, para que ele soubesse o que o juiz marcou em determinada jogada. Muitos estudiosos do esporte acreditam que daí surgiu o uso de gestos pelos àrbitros para assinalar uma marcação.

Conforme o tempo passava, os treinadores achavam oportunidades para instruir seus atletas em campo. Um simples toque no boné ou um toque no queixo, por exemplo, já era suficiente e a ordem de roubar uma base ou correr após a rebatida era passada. Com o uso comum de alguns sinais, os treinadores usam a criatividade para enganar o adversário – que tentam adivinhar qual instrução foi dada.

O resultado disso é o que acontece hoje com o treinador da 3B, que faz gestos mais parecidos com coceiras, uma espécie de “tik nervoso”. É toque no peito, passar a mão no braço, na perna... e tudo com um entrosamento perfeito com os jogadores, que compreendem o que precisa ser feito após o espetáculo de movimentos.

É difícil para quem assiste entender qual foi o sinal específico mostrado pelos treinadores. Há uns toques que são tradicionais, mas eles mudam conforme as partidas. A cada início de uma rodada, o elenco se reúne e determinam quais serão os sinais específicos daquele confronto; inclusive os gestos podem mudar no curso do jogo. Se um jogador do clube é trocado, aí que tudo muda mesmo, pois há o receio deste cara dizer quais são os sinais do time que ele deixou.

Os técnicos treinam os sinais da maneira mais trivial: olhando para o espelho. Eles fazem isto para não serem tão óbvios e nem tão confusos. Tim Flannery, antigo treinador da 3B do San Diego Padres, fazia os sinais para seu filho de treze anos; se uma criança entende, o mesmo se espera de jogadores adultos profissionais.

Em todo momento do jogo é favorável o uso de sinais, mas três situações são mais comuns: Um corredor na 2B, sinais do catcher para o arremessador e sinais do treinador da 3B. Eis na sequência um guia básico para conhecer como funciona esta arte, que pode parecer coisa de maluco, contudo é muito útil e eficaz.

...

Um Corredor na 2B


Nesta situação, o catcher precisa tomar cuidado com os sinais mandados para seu arremessador, porque quem está na segunda base pode ver e dá um toque para seu companheiro que está com o taco, facilitando a leitura da bola que será arremessada.

Para fugir dos sinais habituais e mais conhecidos, o catcher cria outros toques, usando não só os dedos, mas também a máscara, os ombros e as cochas; a combinação visa confundir o corredor. Então é determinado um toque como sendo o indicador, significando que o próximo sinal dado é o válido.

Exemplo: suponhamos que o indicador seja o ombro esquerdo e que o toque na máscara seja bola rápida. Aí o catcher inicia sua atuação: toque na coxa direita, cotovelo, máscara, coxa esquerda, ombro esquerdo, máscara e ombro direito. Bola rápida é a opção oferecida.

O que pode acontecer também, nesta determinada circustância, é o catcher usar só os dedos, mas fazendo movimentos rápidos. Ele combina com o arremessador que, por exemplo, o terceiro sinal que ele mostrar é o bom. Então o catcher começa a fazer vários sinais com os dedos, porém só o terceiro é válido.

Mesmo assim, o corredor pode ajudar seu colega de time dando uma dica sobre o posicionamento do catcher, se a bola será mais à direita ou à esquerda. Aí quem está na segunda base faz sutis movimentos: dá um passo a mais para direita ou esquerda, faz um gesto com a cabeça e/ou com o braço.

...

Sinais do Catcher


O arremessador confia no catcher, lhe dando a liberdade de auxiliá-lo na escolha dos melhores tipos de bola a serem arremessadas contra um rebatedor específico. A ordem pode vir do próprio catcher ou ele recebe uma instrução vinda do banco. Neste caso, o treinador usa toques na cabeça para “dizer” qual arremesso que ele quer. Vale toque na aba do boné, na orelha, no nariz, no queixo... Funcionando da mesma forma tradicional: um toque é o indicador e o próximo sinal é o válido.

O catcher usa os dedos entre as coxas de uma forma utilizada universalmente:

Dedo indicador: bola rápida
“V” invertido: bola com curva
Três dedos: bola lenta
Quatro dedos: um tipo de efeito preferido do arremessador

Há também outros sinais que indicam o local onde a bola deve chegar no home plate:

Sinal com a cabeça: bola longe do rebatedor
Dedo mindinho: bola perto do arremessador
Bola baixa: toque da luva no chão
Bola alta: Movimento de pulso com a mão da luva

...

Sinais do treinador da 3B


Estes são os mais legais. A impressão que se tem é que o sujeito está se limpando, coçando a orelha, o nariz... Mas tudo tem um propósito: passar informações para o rebatedor ou para os corredores; haja sinal e criatividade. São tantos toques e sinais que existem dois especiais: um que indica um erro na instrução e outro que não indica nada (deixando com o jogador a decisão sobre o que fazer).

Basicamente, as instruções são as seguintes: bunt, rebater e ir para a 1B (rebatedores) e roubar base e correr só depois que a bola passar do infield (corredores).

Por estar de pé, o treinador da 3B tem o corpo todo para usar e ele faz exatamente isto. Combina com os jogadores um indicador e quais serão os sinais. Imagine que o indicador seja toque na aba do boné e o bunt seja toque na cintura.

O treinador começa: toque no braço esquerdo, orelha, aba, cinto, peito, perna direita e braço esquerdo. Por mais que os outros toques signifiquem alguma ordem, neste caso a válida é o bunt, porque foi o sinal dado depois do toque na aba.

Bater palmas é usado como sinais por alguns treinadores. Eles também têm a função de informar o corredor, quando ele está avançando as bases, se é melhor parar na mais próxima (braços erguidos) ou continuar correndo (giro com o braço).

Ah! Lembrando que é também função dele ser o primeiro a cumprimentar o rebatedor que acabou de fazer um home run...





(GL)


© 1 Bran Bailey
© 2 Howard Smith / US Presswire

Marcas, Placas e Dinheiro Pacas


O estádio da foto não tem nome. Quer dizer, nome tem – Cowboys Stadium –, mas não por muito tempo. Há anos que os estádios e ginásios norte-americanos são patrocinados por empresas e esta forma de negócio se fará presente também na mais fantástica arena esportiva dos EUA. Não se sabe quando isto vai acontecer, mas em breve alguma marca estará na frente do nome Stadium e assim será chamado o local onde o Dallas Cowboys mandará seus jogos na NFL.

É intrigante ver um dos clubes mais ricos e populares do mundo tendo dificuldade em conseguir um patrocínio para seu magnífico novo estádio. A crise econômica, a inflação do mercado (mais sobre isto adiante) e o ego do Jerry Jones, dono da franquia, são fatores que atrapalham o fechamento do acordo. Afinal, não será qualquer empresa que ficará com os direitos de nomear o estádio por uns 20 anos.

Os Cowboys estão acostumados a jogarem num estádio “sem nome”. O Texas Stadium foi a sede por longas quatro décadas, mas a chance de ter o próprio estádio e ganhar um “dinheirinho” com isto não será desperdiçada. Junior, filho de Jerry e chefe de vendas & marketing da franquia, deu a seguinte declaração ao jornal Sports Business quando perguntado sobre se o Super Bowl XLV (dia 6 de Fevereiro de 2011) será realizado em Dallas sem um logo empresarial no estádio:

Vamos realizar as ações no tempo ideal para todos, aí teremos um nome no nosso estádio. Quando isto irá acontecer? Não sei exatamente. Esta é uma negociação que estamos levando a sério, pois a empresa que nos patrocinará será de ponta. O nome do nosso estádio é parte da nossa marca tanto como a estrela e as cores prata e azul. Queremos corresponder às expectativas dos torcedores.”

Nos bastidores existe o boato de três empresas interessadas: AT&T (telecomunicações), Verizon (telecomunicações) e Exxon (petrolífera); espera-se um valor por volta de US$20 milhões anuais.

Problema similar passa os times de New York da NFL: Jets e Giants. O novo estádio, dividido entre eles, será inaugurado nesta temporada, entretanto não há uma firma atrelada. New Meadowlands Stadium é o nome provisório por estar no complexo esportivo Meadowlands (que é composto por outras duas arenas) e por ser o nome de pântanos que circulam a região situada na cidade de New Jersey, mas muito próximo de NY.

Neste caso também se esperava um acordo rápido, porque a empresa que fechar contrato estará patrocinando uma arena de dois grandes times de NY, ganhando uma visibilidade respeitável. A alemã Allianz (seguradora e financeira) se interessou e a proposta seria mais de US$20 milhões por 30 anos. Protestos dos moradores judeus de NY/NJ acabaram com a negociação, alegando que a empresa era aliada do governo nazista na segunda Guerra Mundial, não querendo, assim, relação com os europeus.


A quantia de US$20 milhões apareceu mais uma vez... Ela é responsável pela super valorização deste mercado, pois foi neste valor que os mais recentes contratos foram fechados: Citigroup (financeira) com o New York Mets – Citi Field, foto acima; e Barclays (banco/holding) com o New Jersey Nets – Barclays Center. Ambos acordos são de 20 anos cada, com as empresas pagando US$20 milhões de dólares/ano.

Franquias como Cowboys, Jets e Giants podem conseguir acordos neste patamar, ou até melhores.

...

Colocar nome de empresas em estádios/arenas nos EUA foi algo que iniciou pra valer em 1973. Mas bem antes, em 1953, uma indústria deu um jeitinho de colocar seu nome num estádio.

Em Saint Louis, o que prevalece é a produção de cervejas, liderada pela antiga Anheuser-Busch. A idéia dos donos era chamar de “Budweiser Stadium” o campo dos Cardinals, time da MLB da cidade. A liga não aprovou, porém eles conseguiram fazer que o nome de um dos fundadores da fábrica, Adolphus Busch, fosse colocado na placa do estádio. A partir de então, o local passou a se chamar “Busch Stadium”.

Mesmo após a compra da Anheuser-Busch pela empresa belgo-brasilera InBev, o nome permaneceu. E não deve ser diferente, pois esta é uma das poucas lembranças da tradicional indústria que fazia parte do dia-a-dia dos habitantes de Saint Louis. A pessoa mais odiada na cidade é o brasileiro Carlos Brito, presidente da InBev. Ele excluiu tudo o que envolvia o nome Anheuser-Busch e incitou um ódio voraz dos moradores locais. O nome do estádio ele não conseguiu mudar (e dificilmente conseguirá). Tudo é possível, porém, e a longo prazo não se pode duvidar se um dia a InBev comprar os direitos do nome e o estádio passe a se chamar “Brahma Stadium” – ou algo parecido.


Não há tradição que segure, só exceções como os casos do Yankee Stadium (NY Yankees), Fenway Park (nome de bairro - Boston Red Sox), Lambeau Field (nome do fundador da franquia - Green Bay Packers), Madison Square Garden, foto acima, (nome de um quarteirão do bairro de Manhattan - NY Knicks) e Dodger Stadium (LA Dodgers). Se a maleta cheia de dinheiro for apresentada, ninguém vai tocar no assunto de manter a integridade. Foi o que ocorreu em 1973, quando a Rich Foods (alimentícia) concordou em pagar US$37.5 milhões por 25 anos ao Buffalo Bills. Muitos diretores do clube na época ficaram estarrecidos com a “venda” do estádio e Bob Rich Jr., então vice-presidente de vendas e agora presidente da firma, faz uma piada sobre esta situação dizendo: “Não é como se nós estivéssemos renomeando o Louvre" – tradicional museu de Paris, França (declaração dada ao Wall Street Journal).

O importante é fazer dinheiro e este negócio é uma via de mão dupla: ambas as partes saem ganhando. Evidente que nem tudo é perfeito e acordos antes promissores vão por água abaixo. O caso mais notório aconteceu com o Baltimore Ravens, que fechou um contrato, em 1999, com a PSINet (provedor de internet) no qual a empresa pagaria US$105 milhões em 20 anos – esta negociação aconteceu no período que chamam “o boom das empresas .com”. Tudo ia bem e os Ravens até ganharam um Super Bowl (2001), mas cinco meses depois da conquista, a empresa faliu. Situações semelhantes aconteceram com o Houston Astros (Enron – energia), com o Washington Wizards (MCI – telecomunicações) e com o Tennessee Titans (Adelphia – telecomunicações), não havendo sucesso nos acordos porque as empresas fecharam.

Na maioria dos casos, contudo, a situação é favorável para os dois lados. A Sun Life (seguradora e financeira), líder mundial em seu setor, não pensou duas vezes em associar sua marca ao estádio do Miami Dolphins dias antes do Super Bowl deste ano. Somente a exposição num dos maiores eventos esportivos do mundo pagou parte dos US$20 milhões por 5 anos de contrato.

Com base no fechamento de ontem (25/03) da Standard & Poors 500, que mede as ações das 500 maiores empresas na bolsa de New York, quatro das oito de maiores movimentações patrocinam estádios:

1ª Citigroup – Citi Field (New York Mets)
2ª Bank of America (banco) – Bank of America Stadium (Carolina Panthers)
4ª Ford (automobilística) – Ford Center (Memphis Grizzlies) / Ford Field (Detroit Lions)
8ª Qwest (telecomunicações) – Qwest Field (Seattle Seahawks)

Por curiosidade: a empresa, entre as 500, de menor movimentação e que patrocina um estádio foi a MT&T (telecomunicações) – estádio dos Ravens.

...

Se perguntarem ao dono da American Airlines (aviação) sobre a lucratividade deste negócio de patrocinar estádios/arenas, ele responderá que está muito bem, obrigado. A empresa aérea é dona de duas arenas na NBA: AA Center (Dallas Mavericks) e AA Arena (Miami Heat). Por os ginásios serem multiuso, o nome da firma não só aparece quando se tem jogo da franquia principal da cidade, mas quando tem shows musicais, eventos religiosos, circo... Somando tudo isto, o lucro vem.

Exatamente por se encaixar nesta categoria multiuso, o nome Cowboys Stadium está fadado a desparecer. A arena já recebeu uma luta de boxe, corrida de MotoCross, rodeio, Jogo das Estrelas da NBA... Jerry Jones Jr. está certo: é preciso ter cautela para esperar a empresa certa que irá possui o nome do estupendo estádio. Quando a final desta temporada da NFL estiver no seu inicio, o crédito que aparecerá no televisor não terá o nome da franquia que lá joga, e sim de uma mega marca que irá colocar seu nome na placa da entrada principal do estádio. Não sem antes liberar um bom dinheiro, é claro.



(GL)


© 1 Ronald Martinez / Getty Images

Perpetuando o Repentino


Puro marasmo.

Assim era a previsão de como seria o campeonato 2009-10 do Milwaukee Bucks. Com a perda de jogadores importantes como Richard Jefferson, Charlie Villanueva e Ramon Sessions na pré-temporada, o diretor de basquete (GM) da franquia, John Hammond, montou um time para sobreviver e esporadicamente ser destaque com as atuações do novato Brandon Jennings – na foto acima com o treinador Scott Skiles.

São poucos os que dispensam alguma atenção para acompanhar o time e este contingente diminui com a contusão do Michael Redd em Janeiro deste ano. Sem o principal jogador, uma das estrelas da NBA, os Bucks estavam fadados ao ostracismo.

Entretanto, situações improváveis aconteceram desde então e o Milwaukee sofreu uma drástica transformação a partir da contratação do veterano armador Jerry Stackhouse. Com o experiente jogador de 14 temporadas (e formado na universidade North Carolina) a equipe perdeu só sete jogos em 29 partidas. Evidente que não são os seus míseros 7.9 PPJ que colocaram o time nesta posição, mas sim seu comando e liderança que criou uma atitude de vencedor em cada um dos membros do elenco.

O súbito sucesso fez com que os Bucks figurassem entre os melhores times da Conferência Leste (atualmente é o 5º colocado). Fez também com que o talento dos jogadores que lá estavam aparecessem, mostrando para os diretores que o time tinha totais condições de brigar por uma vaga nos playoffs e competir em igualdade com os adversários. Só faltava uma peça finalizadora que fecharia o ciclo.

Na surdina, Hammond fez uma troca com o Chicago Bulls na data limite para transações, mandando para a Cidade do Vento os alas Joe Alexander e Hakim Warrick por John Salmons (foto abaixo, camisa 15). O resultado foi acima do esperado e Salmons prontamente assumiu o papel de cestinha da equipe, sendo o complemento ideal para Jennings e para o pivô australiano Andrew Bogut.


Enquanto Jennings arma as jogadas e se posiciona para fazer seus letais arremessos e infiltrações, Bogut se movimenta no garrafão para abrir espaços e/ou pegar rebotes, enquanto Salmons se coloca no lado oposto pronto para definir e marcar pontos para sua equipe. É com base neste trio que os Bucks se sustentam e acreditam ser o suficiente para darem trabalho nos playoffs.

Tradicionalmente, vitórias na pós-temporada surgem após o cumprimento de algumas etapas. É preciso ser um bom time na defesa, ter resultados positivos contra equipes que potencialmente estarão por lá, ter um bom conjunto e não apenas depender de alguns jogadores, ter alguém capaz de assumir a responsabilidade quando a situação assim se desenhar...

Contando os jogos só deste mês de Março (no qual os Bucks têm 9v e1d), cinco vitórias foram contra times que farão parte dos playoffs: Cleveland, Boston, Utah, Denver e Atlanta. As duas mais recentes vitórias mostrou algumas características fundamentais citadas anteriormente.

Contra os Nuggets em Denver, a vitória veio mesmo com péssimas atuações de Jennings e Bogut – combinados eles tiveram irrisórios 11 pontos. Porém o elenco jogou pela dupla e por eles, derrotando fora de casa um dos melhores times da Conferência Oeste.

Contra o Atlanta Hawks, jogo da última segunda (22), os Bucks passaram por um teste formidável, pois estavam enfrentando em casa o provável adversário na primeira rodada dos playoffs. A partida estava sendo dominada pelo Atlanta quando começou o quarto período e brilhou a estrela de Salmons. Ele marcou 32 pontos no total, mas 16 deles vieram no período decisivo e os Bucks se recuperaram num jogo que estava perdido.

Ao mencionar Skiles, o rótulo defensivo logo surge e o Milwaukee não é diferente dos outros times que ele comandou na associação. Quem contribui bastante para o sucesso defensivo do time é Bogut, ocupando bem sue espaço no garrafão, intimidando qualquer ataque a cesta (tem em média 2.5 tocos por jogo, o segundo em toda a liga) e forçando os adversários arremessarem de média e longa distância – os Bucks é o 10º na NBA em porcentagem de arremessos dos adversários: 45%. Demorou 5 anos, mas só agora Bogut (foto abaixo, de camisa branca) faz por onde ter sido a escolha número 1 no draft de 2005.


O time de Skiles melhorou quando o treinador fez uma mudança nas posições em quadra, que foram sutis, mas lhe rendeu bons resultados. Ele colocou Luc Mbah a Moute como ala-pivô, Carlos Delfino como ala de ligação e Ersan Ilyasova na reserva (sexto homem). O time foi mais produtivo em quadra depois destes ajustes.

Nota-se que o improviso se tornou necessário nesta temporada dos Bucks. Sem querer querendo, a equipe joga tão bem que se torna intimidadora. Chauncey Billups, armador dos Nuggets, disse após a mais recente derrota, que Milwaukee é um dos clubes mais difíceis de se jogar contra em toda a NBA. Mike Brown, treinador do Cleveland Cavaliers, é mais detalhista sobre esta questão:

Quando eu vejo os Bucks, percebo força, garra e determinação. Afinal, assim são os times do Scott Skiles: vão para cima de você durante os 48 minutos de jogo com muita agressividade. Não se pode abaixar a guarda para eles”.

Se o sistema de trabalho da franquia Bucks for o de cumprir metas, Hammond já bateu a sua faz tempo. Além da boa produtividade do time em quadra, a marca do clube está em toda a mídia, que relata e redesenha os traços da construção imprevista deste elenco. O êxito dos Bucks trouxe uma renovação para Milwaukee, que tinha tudo para passar despercebido nesta temporada.

Hoje eles são o time da moda, aqueles que são destaques e chamam a atenção de todos que acompanham a NBA. Entre os que mais podem surpreender nos playoffs, Milwaukee é um dos favoritos, uma mudança drástica no mau humor que marcava o clube no início do campeonato. A previsão para hoje e para os dias futuros é esta:

Puro agito.



(GL)


© 1 Gary Dineem / Getty Images
© NBAE Media

O Grande Desafio


A dupla Jack Zduriencik (diretor de beisebol – GM, foto acima) e Don Wakamatsu (treinador) conseguiram fazer no ano passado uma temporada histórica no comando do Seattle Mariners, alcançando 85v e 77d depois de um vexatório campeonato 2008, no qual o time perdeu 101 jogos. Continuando o processo de reestruturação da franquia, Zduriencik reforçou o elenco qualitativamente e entregou para Wakamatsu uma equipe capaz de conseguir ganhar o título da divisão Oeste da Liga Americana (LA) e desbancar o Los Angeles Angels.

Um dos reforços mais importantes veio do próprio rival de divisão. Chone Figgins, 1B, teve ótimos números pessoais em 2009 com os Angels (114 corridas e 39% de aproveitamento no ataque, ambas maiores marcas da carreira). Ele era o primeiro rebatedor na linha ofensiva do seu ex-time, agora ele será o número dois atrás de Ichiro Suzuki, formando assim uma das melhores duplas em toda a MLB que iniciam o ataque.

A parte ofensiva do time é a que mais precisava de ajustes, porque os Mariners só não teve uma melhor colocação no ano passado justamente por marcar poucas corridas – foram 35v e 20d em jogos decididos por apenas uma corrida. Figgins será mais um homem capaz de chegar às bases, o que não é suficiente se não houver alguém para impulsioná-lo até o home plate. Por isso que Zduriencik trouxe Milton Bradley, left field (LF), esperando que ele possa trazer o desempenho que teve com o Texas Rangers (2008) e esquecer o fracasso com o Chicago Cubs (2009).

Bradley, com os Rangers, foi o líder em OPS em toda a liga. Esta categoria mede o quanto o jogador rebate com força, gerando corridas e avançando bases. Os Mariners foram um dos times que menos marcaram home runs em 2009 e toda ajuda é válida para tentar aprimorar o ataque, mesmo jogando no espaçoso Safeco Field.


Wakamatsu (foto acima) não deverá ter problemas com Bradley. O temor dos fãs do Seattle é que comportamentos duvidosos e atitudes questionáveis que o jogador fez em Chicago se repitam. Ele já se adaptou ao bom clima que há entre os atletas no vestiário e deve melhorar consideravelmente neste ano. Outro fator que será favorável a Bradley é o possível rodízio com a estrela Ken Griffey Jr. no LF: se o arremessador adversário for canhoto, Griffey joga como LF e Bradley como rebatedor designado (DH); se o arremessador for destro, as posições se invertem.

Não serão apenas as contratações que devem fazer o time crescer em 2010, mas a renovação de alguns jogadores tiveram importância semelhante. Contar com Franklin Gutiérrez, center field, e com Jack Wilson, shortstop, só fazem a equipe manter o alto nível defensivo e o padrão elevado da defesa, um dos setores que Wakamatsu mais se dedica. Para fortalecer mais, o time de arremessadores terminou a LA 2009 com o menor ERA (3.87) e este número tende a se manter (ou diminuir) com um lance de bastidores que Zduriencik fez e deu a franquia um talento raro e de extrema habilidade.

Desde a temporada passada, os Mariners estavam em busca de um arremessador top que fizesse um dueto poderoso junto com Félix Hernández, segundo colocado no prêmio Cy Young 2009 da LA. Zduriencik foi atrás de Roy Halladay, mas o Toronto Blue Jays não conseguiu se acertar como jogador e nem com o Seattle. Nesta pré-temporada, Ruben Amaro (GM do Philadelphia Phillies) ficou sabendo do interesse que Zduriencik teve em Halladay e ligou para ele dizendo se estaria interessado em receber Cliff Lee, arremessador. Na hora o Zduriencik topou e cedeu quatro jogadores da base em troca de Lee; uma operação que envolveu nove atletas e quatro times.


O importante é que agora os Mariners estão forte no ataque, manteve as características defensivas e possui uma das melhores combinações de arremessadores da MLB, com um destro (Hernández) sendo seguido de um canhoto (Lee) - foto acima. O time está bem formado e pode ganhar um “reforço” no meio da temporada, com a volta do arremessador Érik Bédard, que se recupera de uma contusão no ombro.

Em duas temporadas os objetivos dos Mariners mudaram radicalmente. Um time que estava totalmente mal estruturado – com jogadores “bomba” de altos salários e pouca produtividade –, se vê numa situação completamente diferente, com chances reais de voltar aos playoffs; o que não acontece desde 2001. Não é coincidência que esta virada de página ocorreu com a chegada de Zduriencik e Wakamatsu.

24 dias após o final da fatídica temporada 2008 (22 de Outubro), os Mariners fecharam acordo com Zduriencik, que então estava no Milwaukee Brewers – lá ele foi responsável por recolocar o time na pós-temporada daquele ano (um hiato de 25 primaveras). Logo que chegou em Seattle ele contratou Wakamatsu (19 de Novembro) e assim se desenhava urgentemente o novo plano da franquia que já trouxe bons resultados e aparenta novos sucessos daqui pra frente.

O alvo agora é jogar beisebol em Outubro (como os amantes do esporte gostam de mencionar os playoffs). A reviravolta do ano passado credencia o time para saltos maiores neste ano. Reforços ajudarão chegar ao objetivo maior, porém algo mais importante foi feito: uma limpada geral nas peças da franquia e no baixo astral que sondava o clube. Os Mariners entram na temporada 2010 com novos pensamentos e novas atitudes, cientes que uma coisa e não perder tantos jogos como os 101, e outra coisa é vencer partidas suficientes para ir à pós-temporada.

Resta saber como será o resultado final.



(GL)


© 1 John Look / The Seattle Times
© 2 Ben Platt / MLB Media
© 3 Jill Torrance / Arizona Daily Star

Bem Mais Ou Menos


Existe uma estatística na NBA que resume a produtividade de um jogador em quadra. Parecido com o que se conhece no futebol como saldo de gols, a plus(+)/minus(-) é um rateio de pontos que o time converte e sofre quando determinado indivíduo está jogando; quanto mais positivo for o número, melhor.

Quem lidera este ranking na temporada 2009-10 é LeBron James, ala do Cleveland Cavaliers e favorito ao prêmio de MVP deste campeonato (+577 até 19/03). Na segunda posição está uma surpresa: o brasileiro Anderson Varejão, companheiro de LBJ, com +483, à frente de Dwight Howard (+478) e Kobe Bryant (+470). Ressaltando que Varejão é reserva dos Cavs...

Mas, como ele próprio gosta de afirmar, o importante não é quem inicia as partidas, e sim quem termina. Mike Brown, treinador, encontrou o momento ideal de colocar o Varejão nos jogos e isto lhe vem trazendo bons resultados. O simples fato do ala-pivô estar entre as grandes feras da associação em uma estatística tão substancial, atesta a afirmação.

Só que, como já disse o outro: “Estatística é que nem biquíni: mostra tudo menos o essencial”.

O valor de Varejão não tem como ser medido em números, porque ele não se destaca em nenhum dos fundamentos específicos do jogo. Os quesitos abstratos são os que avaliam o brasileiro melhor. Agora, aqui surgem questões interessantes: Quer dizer que ele só é raça, determinação e vontade? Por que os Cavs marcam tantos pontos quando ele está jogando? Será que ele não tem nem que seja um pouquinho de habilidade?

...

Quer dizer que ele só é raça, determinação e vontade?

Nem tanto, mas estas são algumas das características principais do Varejão. Tanto os companheiros de time quanto os adversários reconhecem tais aspectos de seu jogo. O ponto central é que ele sabe das suas reais limitações e capacidades, ou seja, não procura enfeitar muito e faz o trivial com eficiência.

Um detalhe: mesmo que ele faça “...o trivial com eficiência...”, não quer dizer que é fácil. Não é por nada que ele está na NBA há 5 anos depois de uma passagem bem sucedida no Barcelona (Espanha). Às vezes, fazer o simples com qualidade e constantemente é mais difícil e complicado do que ousar e ser diferente. Exemplo: os times sabem que grande parte das cestas do Varejão, como Dênis do Bola Presa disse bem no artigo “Feito no Brasil”, vem da jogada pick-and-roll iniciada com LeBron James. LBJ chama a dupla marcação, abre um espaço no garrafão e o camisa 17 preenche o lugar vazio e fica pronto para finalizar, mostrando um senso de posicionamento acima da média. Poucas equipes conseguem pará-los


Ele busca está no local ideal, na hora certa e no momento certo. Igual faz os grandes artilheiros do futebol, que sabem se colocar dentro da grande área num espaço que a defesa adversária não irá conseguir fazer a marcação, ficando livre para marcar o gol.


Por que os Cavs marcam tantos pontos quando ele está jogando?

Aí que tá: não marcam tantos pontos assim. O saldo do Varejão é positivo porque a defesa joga melhor que o ataque com ele em quadra. Não só a marcação melhora, mas os rebotes crescem a favor dos Cavs, principalmente os defensivos, não permitindo segundas oportunidades para os adversários.

Relembrando que o desempenho do brasileiro não deve ser medido através dos números. Ele faz atuações defensivas com tanta qualidade que alguns especialistas já especularam a possibilidade dele ser o Melhor Defensor do campeonato. Um exagero, no entanto, já que este prêmio deverá ir para o Howard, mas pelo menos o Varejão deve aparecer no melhor time defensivo desta temporada.

Os treinadores e jogadores da NBA sabem disso, sabem que passar por Varejão é complicado, uma tarefa das mais árduas. O grande público ficou por dentro desta conversa quando o Boston Celtics perdeu para os Cavs no domingo passado (14/03) e os jogadores e Doc Rivers (treinador) deixaram explícitos, via imprensa, o quanto foi complicado jogar contra Varejão.


Será que ele não tem nem que seja um pouquinho de habilidade?

O sentimento que se tem, ao ouvir declarações sobre o jogo de Varejão vinda de adversários e companheiros, é que não há um destaque sequer em relação as suas qualidades técnicas, tipo “Varejão é um excelente passador” ou “Ele arremessa muito bem”... O que se escuta é “Varejão joga com muita energia” ou “Ele usa muito bem seu porte físico”... Alguns chegam a dizer que enfrentá-lo é muito ruim, pois consideram o brasileiro desleal.


A revista Sports Illustraded fez uma pesquisa com 173 jogadores que estão na NBA atualmente. Uma das perguntas era: Qual jogador é o mais desleal? Reggie Evans, do Toronto Raptors, ficou em primeiro com 21% dos votos. Varejão foi o quarto, atrás de Ron Artest e Andrés Nocioni, com 5% dos votos. Em entrevista recente ao jornal Lance!, ele disse não entender porque existe esta reputação dizendo “Qual jogador que eu já machuquei?”. A verdade é que muitos confundem jogo físico e jogo de contato, com agressividade desnecessária.

O importante é que somente os Cavs tem que se preocupar com isto e eles admiram muito o que o brasileiro faz pela franquia diariamente. Como em toda relação, houve um momento de crise na renovação do contrato em 2007, porém foi tudo acertado e ele tem vínculo com a franquia até 2015-16 (acordo atualizado em 2009).

Alías, desde que chegou em Cleveland para disputar a temporada 2004-05, só Varejão e LeBron permanecem no clube. Varejão se encaixa perfeitamente no esquema de Mike Brown e é difícil imaginar ele se dando bem em outro time. Anderson pode não ser um cara que chama a responsabilidade para si e que crie jogadas, porém sua função nos Cavs só pode ser executada por ele mesmo. A identidade criada com os companheiros, com a comissão técnica e com os torcedores definem bem a importância do Varejão para a franquia.

LeBron forma com Andy (como Varejão é conhecido em Cleveland) a dupla mais produtiva da NBA. Para alguém que não tem tanta habilidade assim, seu saldo até agora é positivo; bem pra mais.



(GL)


© 1 Cadu Pilotto / Caras
© 2 Ron Turenne / Getty Images
© 3 David Liam Kyle / Getty Images

Futuro do Presente


O beisebol é um dos esportes que mais usam os números para dimensionar o talento, qualidade e potencial dos praticantes. São siglas como OPS, OBP e RBI que, por exemplo, medem o quanto um jogador é bom no ataque. O Atlanta Braves, nesta pré-temporada, fez algo que nada tem a ver com estatísticas, mas mostra o quanto a sua mais nova promessa, Jason Heyward, tem poder nas rebatidas.

No Champion Stadium, que fica no complexo esportivo da ESPN no Walt Disney World em Orlando (Flórida), local que o clube faz sua preparação, a diretoria mandou construir uma rede no lado direito do campo (117m do home plate) porque logo atrás do muro – uns 20 metros depois – fica o estacionamento dos funcionários da franquia e as bolas rebatidas por Heyward estavam danificando os automóveis lá parados: o teto do carro do diretor assistente de beisebol, Bruce Manno, e um caminhão de uma empresa de refrigerantes estão entre as “vítimas”.

Esta é a hora de brilhar. Chegou o momento. Depois de um ano nas ligas de base (minors) e ser eleito por diversos veículos de comunicação como o melhor jogador de 2009, Heyward está pronto para encarar os arremessadores tops da MLB (mesmo com apenas 20 anos de idade). A juventude dele é usada como fator de cautela, pois os Braves não querem desperdiçar um grande talento que tem tudo para ser a cara da franquia nesta próxima década. Resta saber até quando esta precaução vai durar.

Entre as necessidades do time para a temporada 2010, falta justamente alguém com força no bastão para completar a linha de ataque. Porém Bobby Cox, treinador, usa a pré-temporada para observar mais de perto o garoto. O que se presta atenção não é nada que envolve a técnica e/ou tática do jogo, mas sim como ele lida com a rotina, como lida com as adversidades enfrentadas quando não consegue uma boa atuação, como lida com os companheiros e comissão técnica...

Pelo visto até agora, a chance dele conseguir uma vaga no time titular é grande. Da mesma forma que ele demonstra ter poucas falhas no seu jogo, fora dele Heyward é agradável, um cara que age naturalmente com o dia-a-dia do beisebol, deixando a impressão que nasceu para o esporte.


Os fundamentos do beisebol ele começou a aprender aos 8 anos de idade, mesmo tempo que ele aprendeu os fundamentos da vida. Seus pais (Eugene e Laura) lhe deram uma educação ímpar e isto se reflete nas ações de Jason - tanto Eugene e Laura são formados na Universidade Dartmouth, uma das melhores dos EUA. Daí vem a inteligência do homem Jason e que automaticamente transfere para o jogador, assim como a ética, a paciência...

Para ser um bom rebatedor, é preciso paciência. A comissão técnica dos Braves destaca esta característica com sendo a principal de Heyward, extremamente importante para um cara com um swing pesado e de poder. Este fundamento abstrato ele já apresentava nas minors e nesta pré-temporada está se aprimorando, complicando a situação de Cox que em breve precisa tomar uma decisão sobre colocá-lo no time principal ou não.

O consenso que se tem dentro do clube é que ele estará entre os titulares – e caso assim não for, as minors é o destino provável. O setorista dos Braves, David O´Brien, que cobre o clube para o Atlanta Journal-Constitution já afirmou: “Jason Heyward será o right field dos Braves na abertura do campeonato”. A questão é que para ele entrar alguém tem que sair. Ken Rosenthal, comentarista da rede de TV FOX e da MLB Network, tem uma solução:

O Atlanta deve jogar com Heyward na direita do outfield, Nate McLouth no centro e um revezamento combinado de Matt Diaz e Melky Cabrera na esquerda. Cox poderá usar Diaz ou Cabrera para substituir Heyward quando o time enfrentar fortes arremessadores canhotos”.

Dentro deste cenário, faz sentido usar Diaz como reserva, já que ele tem um aproveitamento no bastão de .417 contra canhotos.


É compreensível o mistério feito por parte dos Braves em relação a decisão de escalá-lo ou não entre os titulares. Cox tem uma experiência em lançar jovens talentos no clube e Brian McCann (catcher) e Tommy Hanson (arremessador) são exemplos recentes do trabalho dele com as promessas da franquia. Com Heyward a história é um pouco diferente, pois há uma determinante intangível que ele carregará consigo durante sua carreira na MLB.

Ele é afro-americano e a maioria da população de Atlanta é composta por negros. O beisebol é um dos esportes nos EUA que menos tem participação de negros - que atuam em sua grande maioria na NBA e na NFL. Ter Heyward logo na MLB será bom para a liga e para a cidade, que poderá abraçá-lo como fez com Michael Vick quando ele defendia o Atlanta Falcons (NFL).

Jason Heyward tem tudo para ser o novo ícone da MLB e ser admirado dentro e fora de campo. Apesar das dúvidas, são grandes as chances dele estar em campo contra o Chicago Cubs no dia 5 de Abril, jogo de abertura do campeonato 2010 para os Braves.

Será o nascimento do mais novo astro da MLB.

Quem viver, verá.




(GL)


© Todos Direitos Reservados

Leia Mais: Artigo sobre Tommy Hanson, arremessador dos Braves (publicado dia 06/07/2009) - Sem Dar Uma Passo Maior Que As Pernas

Outro Reinado, Outras Leis


Que Michael Jordan é o melhor jogador que o basquete já teve em toda a sua história é inegável. Fora isso, ele é um ícone que simboliza o ressurgimento da NBA na década de 90, se tornando um nome conhecido nos quatro cantos da Terra. Sua forte personalidade cria uma aura de semi-deus, uma personificação de alguém feito exclusivamente para viver pelo e para o esporte.

Como era de se esperar, Jordan, assim que se aposentou, entrou no mundo diretor da associação. Nesta semana, entretanto, ele está prestes a avançar e dar um passo importantíssimo quando David Stern (comissário da NBA), com a aprovação de 31 donos de franquias da liga, deverá anunciar Michael como o mais novo proprietário do Charlotte Bobcats.

Este é um avanço notável, pois ele será o primeiro ex-jogador da NBA a possuir um clube na associação e o segundo afro-americano a chegar neste posto – o pioneiro nesta posição foi Robert Johnson, criador da franquia Bobcats. Jordan e Johnson são parceiros desde 2006, quando Michael assumiu o cargo de Gerente das Operações de Basquete e sócio minoritário. O período dedicado aos Bobcats soma-se como experiência aos anos de diretor no Washington Wizards (2000-03), lhe mostrando que no alto escalão as coisas funcionam de outra maneira.

Por mais que ele seja Jordan e está comandando um clube do estado (Carolina do Norte) que o projetou para o esporte, se ele não conseguir tornar a franquia rentável e competitiva, sofrerá uma pressão e cobranças sem precedentes. Na verdade nem tanto assim, porque suas decisões com os Wizards e os Bobcats foram criticadas veementemente pela mídia e torcedores – embora o que podia ser algo para desmotivar, só incentiva mais Jordan a seguir em frente, já que ele não se esquece facilmente e usas as avaliações negativas como combustível para responder tais argumentações.

O “caso Kwame Brown”, por exemplo. A escolha dele como o número 1 do draft de 2001 pelo Wizards é lembrada até hoje, isto porque o jogador que veio direto do high school (ensino médio) nem de longe correspondeu as altas expectativas. Jordan apostou no garoto e não deu certo, mas quem ele escolheria? Tyson Chandler? Eddy Curry? Esses três caras eram as altas apostas do draft daquele ano (todos vindo do HS) e Brown era o jogador que os times mais queriam. Jordan não costuma fazer isto, mas seguiu a opinião que na época era a mais popular.


Ainda aconteceram outros controvérsias: a troca de Richard Hamilton por Jerry Stackhouse (Wizards), a escolha de Adam Morrison no draft de 2006 (Bobcats)... Equívocos que Michael sabe que cometeu e servirão como uma mola impulsionadora para fazer decisões mais sábias e se colocar cara a cara com torcedores e mídia, mostrando que ele tem capacidade de ser um dono que colocará um time vencedor em quadra.

A gana de vencer e competir sempre estiveram no DNA de Jordan e isto ele deixou claro no seu discurso ao entrar no Hall da Fama do basquete em 2009, relembrando vivamente situações que marcaram sua carreira, principalmente aquelas nas quais ele foi alvo de críticas, agradecendo ironicamente os que duvidaram da sua capacidade.

Ele lembrou um episódio envolvendo um jogador chamado Leon Smith, escolhido no seu lugar no time titular da universidade (North Carolina Tar Heels) em seu primeiro ano por lá; fez questão de mostrar em quadra que a vaga pertencia a ele. Lembrou de uma reportagem antiga da revista Sports Illustraded que divulgou uma declaração do seu treinador nos Tar Heels (Dean Smith) que nomeava os titulares como sendo fundamentais para o sucesso da equipe, só esqueceu de mencionar o então novato Jordan; fez questão de mostrar em quadra que ele tinha valor. Lembrou de uma conversa com Byron Russel que ocorreu em um campo de golfe em 1994 e o ala do Utah Jazz disse: “Porque você se aposentou? Você sabe que se eu te encontrar de shorts e regata eu posso te marcar, sabe?”; fez questão de lembrar Russel desta declaração quando se encontraram novamente em quadra no ano de 1996 e Jordan disse ”Eis agora sua chance”.

Não é necessário duvidar, pois ele tem em mente o que as pessoas dizem sobre suas péssimas decisões enquanto gerente e ele irá trazê-las à tona quando o momento for propício. Quando ele conseguir atingir o sucesso dirá: “Lembra daquele tempo quando diziam blá blá blá sobre Brown e Morrison...


O desafio é grande, apesar de Jordan gostar assim. Ele pega uma franquia com dívidas em torno de US$ 150 milhões, uma base de fãs rasa e um clube que nunca avançou para os playoffs desde sua fundação (2004). Uma reformulação está por vir; o que não é uma das opções: é a única opção.

Nada será simples e Michael precisa ser consciente da sua nova responsabilidade. A franquia, em suma, irá refletir o dono, seu comportamento, suas atitudes, suas decisões. Ele terá que agir de forma inteligente e ágil, disposto a fazer de tudo para reposicionar uma cidade apaixonada por basquete na elite novamente. Nos anos 90 (com os Hornets) Charlotte teve a melhor média de público durante várias temporadas; hoje (campeonato 2009-10) os Bobcats estão na 23ª posição em público. Muitas ações precisam ser feitas para mudar este quadro e entre elas tem uma que é primordial: um time vitorioso.

Parece que este será o campeonato que Charlotte irá pela primeira vez aos playoffs e vale ressaltar que uma das movimentações feitas nesta temporada – a contratação de Stephen Jackson – teve o aval de Jordan. Disputar os playoffs nos primeiros instantes após assumir o controle da franquia, será um sinal de que coisas boas tendem acontecer num futuro próximo.

Michael Jordan existe para superar barreiras e vencer desafios. Não é qualquer pessoa que tem a coragem de entrar com um pequeno patrimônio (em volta dos US$ 400 milhões) e encarar os bilionários donos de franquias da NBA. Talvez isto venha a ser mais um ponto favorável para ele, pois se concentrará exclusivamente na administração do clube, cuidando das rotinas diárias da franquia com mais paixão e profissionalismo. Isto será fundamental para que a magia que circula o mito se transfira para os bastidores e lhe ajude a sair vitorioso nesta nova empreitada, ciente de que “jogar com uma caneta na mão” são outros 500.



(GL)


© 1 por Nike Media
© 2 Nell Redmond / AP

Guia do Torneio da NCAA - 2010

Está se aproximando um dos eventos esportivos de maior audiência entre as ligas americanas. Trata-se do Torneio da NCAA de basquete masculino que atrai torcedores (fãs de basquete ou não) para acompanhar o mata-mata cheio de zebras e dramaticidade. É uma competição imperdível.

Se a pós-temporada é vibrante, o contrário pode se dizer da temporada regular. São poucos os fãs que acompanham os jogos entre Novembro e Fevereiro, preferindo esperar o Torneio para assistir os futuros astros da NBA.

Para ajudar aqueles que vão conferir os jogos a partir da próxima terça (16/03), dia que se inicia os playoffs, o Grandes Ligas traz mais uma vez um guia que irá ajudar o leitor a conhecer melhor os principais times, suas principais características e seus mais importantes jogadores. Apesar de equipes sem grande campanha neste campeonato terem o potencial de surpreender (New Mexico, Wisconsin, Purdue) a tendência é que, assim como aconteceu nas últimas decisões, os favoritos cheguem ao Final Four em Indianapolis.

Eis abaixo um pouco sobre as seis universidades mais cotadas ao título

Aproveitem e tenham uma boa leitura.

...


Campanha*: 24 vitórias e 6 derrotas
Melhores Vitórias: contra Ohio State (c) e contra Texas A&M (f)
Piores Derrotas: contra Connecticut (f) e contra Notre Dame (c)
Time Titular: Darryl Bryant (ar), Kevin Jones (ar), Da´Sean Butler (al), Devin Ebanks (al), Wellington Smith (C) – Técnico: Bob Huggins

A filosofia do time é baseada na defesa, fator determinante para ir longe no Torneio. Bob Huggins argumenta constantemente que se sua equipe jogar bem na defesa, ela será competitiva em qualquer partida “Pode não ganhar, mas nós temos chance” diz ele. Sua principal arma neste setor é Devin Ebanks, responsável por marcar o melhor jogador do time adversário. Na mais recente partida contra Villanova (06/03), Ebanks anulou completamente Scottie Reynolds, um dos melhores jogadores deste ano na NCAA.

A aposta no ataque é em Da´Sean Butler, ala com um estilo agressivo de jogar e muito habilidoso. Ele já tem uma marca histórica em seus quatro anos na universidade, conseguindo anotar em sua carreira mais de 100 double-double. Butler está prestes a marcar mais de 2.000 pontos por West Virginia, chegando num patamar só atingido por outros dois atletas que defenderam os Mountaineers: Jerry West e Rod Hundley.

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Campanha*: 26 Vitórias e 5 Derrotas
Melhor Vitória: contra Gonzaga (n)
Piores Derrotas: contra North Carolina State (f), contra Wisconsin (f)
Time Titular: Nolan Smith (ar), Jon Scheyer (ar), Kyle Singler (al), Lance Thomas (al), Brian Zoubek (C) – Técnico: Mike Krzyzewski

O treinador da seleção norte-americana (Krzyzewski) conseguiu mais uma vez formar uma equipe competitiva. Tem como base o trio Smith-Scheyer-Singler, mas a aposta mesmo é na dupla de armadores, uma das melhores da NCAA: tem como médias combinadas de 36.5 pontos e 8.5 assistências por jogo.

Com o ostracismo dos atuais campeões (North Carolina), o caminho ficou aberto para Duke vencer a temporada regular da Conferência ACC; título dividido com Maryland. Desde a temporada 2005-06 que os Blue Devils não venciam a ACC e esta tão longa seca só se compara ao que aconteceu no final da década de 80, quando eles passaram quatro anos sem ganhar um título de Conferência.

Este período “extenso de três” anos é bastante considerável para Duke, uma das principais forças históricas do basquete universitário. A última conquista da NCAA foi em 2001 e a mais recente aparição no Final Four aconteceu em 2004. Para Duke quebrar mais este tabu, dependerá de como a chave do torneio será sorteada, se terá confrontos que lhe favorecem. A universidade disputa junto com West Virginia a chance de ser uma das cabeças-de-chave número 1 do Torneio, o que dá uma boa vantagem nos confrontos ao longo dos playoffs.

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Campanha*: 29 vitórias e 2 derrotas
Melhor Vitória: contra Kansas State (f)
Pior Derrota: contra Tennessee (f)
Time Titular: Sherron Collins (ar), Tyshawn Taylor (ar), Xavier Henry (al), Marcus Morris (al) e Cole Aldrich (C) – Técnico: Bill Self

Os Jayhawks têm o elenco mais equilibrado entre os favoritos. Apesar de só ter um veterano (Collins) e um novato (Henry) no quinteto inicial, os outros jogadores tem uma certa experiência e Self ainda conta com ajudas substanciais de Brady Morningstar e Tyrell Reed, reservas que entram constantemente em quadra.

Por muito tempo neste campeonato Kansas figurou entre os primeiros no ranking da Associated Press. O que o comitê de avaliação leva em consideração a favor da universidade em relação aos adversários que brigam para ser cabeça-de-chave número 1 em todo o Torneio é a dificuldade da tabela de Kansas na temporada regular, a oitava tabela mais competitiva entre todas as universidade da divisão principal. Mesmo assim eles foram campeões, pela sexta vez seguida, da Conferência Big XII.

O rebote é o grande diferencial do time. Nos últimos três jogos da temporada regular (contra Oklahoma State, Kansas State e Missouri) eles conseguiram 34 rebotes a mais que os adversários – somando as partidas. Pelo lado individual, Self espera melhores atuações de Henry, que dividiu as atenções com John Wall (Kentucky) no começo do campeonato sobre quem seria o melhor novato da temporada, mas o armador de Kansas ainda não correspondeu as altas expectativas. Henry tem sido um ótimo jogador no conjunto da equipe, porém não tem sido decisivo nos momentos finais das partidas; missão esta que Collins tem feito com precisão.

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Campanha*: 28 Vitórias e 3 Derrotas
Melhores Vitórias: contra West Virginia (f), contra Villanova (c)
Piores Derrotas: contra Pittsburgh (c), contra Louisville (c)
Time Titular: Andy Rautins (ar), Brandon Triche (ar), Wesley Johnson (al), Rick Jackson (al), Arinze Onuaku (C) – Técnico: Jim Boeheim

O time entra no Torneio com duas derrotas seguidas (para Louisville, temporada normal e Georgetown, torneio da Big East) e estas duas universidades descobriram como derrotar o time de Boeheim, principalmente como furar a chata e eficiente defesa por zona que é uma marca tradicional de Syracuse.

No caso de Louisville, a equipe do treinador Rick Pitino conseguiu encaixar bons arremessos de três, misturados com boas infiltrações no garrafão. Já Georgetown aproveitou a lesão do pivô Onuaku e fez seu jogo em cima de Greg Monroe, pivô dos Hoyas que por ser um bom passador e reboteiro, dominou a área debaixo da cesta. Outro problema de Syracuse é a baixa produtividade dos reservas, o que faz Boeheim utilizar o quinteto titular por muito tempo em quadra.

Ninguém esperava que Syracuse estivesse cotada entre as favoritas. A derrota em casa para uma escola de segunda divisão da NCAA (LeMoyne) no amistoso de preparação para esta temporada, acendeu o sinal de alerta e fez lembrar que o time não tinha nenhum jogador de grande nome e que a melhor arma ofensiva viria de um atleta transferido: Johnson, vindo da Iowa State. Entretanto, Johnson foi além e fez um ótimo campeonato, sendo eleito o melhor jogador do ano na Conferência Big East.

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Campanha*: 24 Vitórias e 7 Derrotas
Melhor Vitória: contra Purdue (f)
Piores Derrotas: contra Buler (f), contra Minnesota (f)
Time Titular: Evan Turner (ar), Jon Diebler (ar), David Lighty (al), William Buford (al), Dallas Lauderdale (C) – Técnico: Thad Matta

É preciso dar crédito ao treinador Thad Matta, que chegou na universidade quando ela estava debaixo de sanções impostas pela NCAA e transformou todo o programa de basquete dos Buckeyes, apostando alto no recrutamento de jovens talentos, resultando em excelentes times. Em 2007, por exemplo, ano que Ohio State chegou na final do Tornieo da NCAA e perdeu para Florida: Greg Oden, Mike Conley e Daequan Cook, faziam parte do elenco. Nos anos seguintes surgiu Kosta Koufos (astro do basquete grego, atua no Utah Jazz) e BJ Mullens. Nesta temporada só se fala em Evan Turner, mais uma estrela que surgiu sob o comando de Matta.

Muitos colocam Turner na frente de Wall na disputa pelo prêmio de MVP da NCAA desta temporada. Ele tem sido fundamental para a universidade já que em sua ausência (seis jogos), devido a uma lesão na coluna, o time venceu 3 e perdeu 3 partidas; ou seja, 21 vitórias e 4 derrotas com ele jogando. Matta depende muito de uma boa condição física de seus atletas porque ele é adepto ao esquema de manter o time titular em quadra o quanto for possível; o quinteto inicial é o mesmo desde o começo do campeonato 2009-10.

Uma curiosidade sobre Matta e Ohio State: eles já acertaram com dois fantásticos recrutas para a próxima temporada (Jared Sullinger e DeShaun Thomas)

...


Campanha*: 29 vitórias e 2 derrotas
Melhor Vitória: contra Tennessee (C)
Pior Derrota: contra South Carolina (f)
Time Titular: Eric Bledsoe (ar), Darnell Dodson (ar), John Wall (ar), Patrick Patterson (al), DeMarcus Cousins (C) – Técnico: John Calipari

Este time é eletrizante. São altos e baixos de graus elevadíssimos, mas eles conseguem manter-se de pé e sair com a vitória mesmo em jogos em que não atuam bem. Isto se deve a extrema juventude do elenco, que conta com 5 novatos; três deles são titulares e principais jogadores no ataque: Wall, Cousins e Bledsoe têm, em médias combinadas, 43.2 PPJ.

O time joga solto em quadra e as transições defesa-ataque são de nível profissional (NBA). Wall vem demonstrando ser um fantástico atleta, comandando o ataque e tomando conta dos lances decisivos. Ele já confessou que não é o melhor dos arremessadores, mas disse também que se sente mais confortável quando as jogadas são decisivas.

Calipari, recentemente em Memphis, entregou para a NBA Derrick Rose e Tyreke Evans. Desta vez ele fez melhor, com Wall, Cousins, Bledsoe e Patterson sendo apontados pelos olheiros da associação como futuras estrelas no profissional. Juntos eles fazem um time extrovertido e “irresponsável” ao mesmo tempo, cometendo erros infantis com frequência. O fato de ter apenas duas derrotas mesmo não jogando bem, atesta a favor deles, pois no Torneio da NCAA não ganha quem faz belas partidas em toda fase, mas quem é eficiente nelas. Embora os meninos sempre conseguiam achar um espaço para a ousadia e jogadas plásticas...



(GL)


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* Temporada Regular

Suave Veneno

Jamie e Frank McCourt


Até parece novela.

Uma das principais franquias esportivas de todo os EUA está passando por um momento nebuloso nos bastidores. O divórcio envolvendo o atual dono do Los Angeles Dodgers, Frank McCourt, e a ex-CEO (diretora geral) Jamie McCourt está diariamente sendo manchete de jornais, pois é considerada uma das maiores disputas que os tribunais do estado da California já presenciaram. Está em jogo pedaços (gigantescos) de terras, dinheiro (muito dinheiro) e o controle (total) dos Dodgers.

O que os torcedores se preocupam é se este imbróglio todo vai afetar o time quando a temporada começar no próximo mês. De certa forma, não tem prejudicado tanto assim. O mais importante é que no dia 24 de Maio, data prevista para o início do julgamento deste caso, os Dodgers não estarão em campo. Será, talvez, o único dia no qual as atenções estarão voltadas exclusivamente no tribunal.

Nos outros dias a atenção será dividida. Isto porque este não é um simples divórcio, há aspectos hollywoodianos nele e a posse de um time extremamente importante para a cidade. Por isso que algo tão particular, um relacionamento que durou 30 anos e teve quatro filhos, toma esta estrondosa proporção.

Quem entrou com pedido de separação foi Jamie; em Outubro do ano passado. Então começou as acusações de ambas as partes, um lado contando os “podres” do outro, mas tudo acontecendo como se fosse uma luta com penas, uma guerra de veludo.

Jamie diz que foi demitida da organização para seu marido ficar com a parte dela da franquia e assumir 100% os Dodgers. Frank rebate afirmando que ela saiu do clube por (palavras dele em comunicado a imprensa): “insubordinação, falta de responsabilidade, não cumprimento de metas e comportamento inapropriado com um subordinado”. O “...comportamento inapropriado com um subordinado...” seria um caso que Frank alega que sua ex-esposa teve com Jeff Fuller, um dos seguranças do clube.

Na representação de Jamie contra Frank – uma papelada de 1.400 páginas – , ela exige uma pensão mensal bem generosa de US$ 989.000 (caso ela não retome o cargo de CEO ou assuma o controle da franquia), tudo para manter o alto nível de vida da socialite angelina. Frank se posiciona dizendo que não tem tal quantia para pagá-la, o que ela rebate prontamente ao expor que o casal sonegou, nos últimos seis anos combinados, mais de 108 milhões de dólares ao não declarar este ganho no imposto de renda.


Embora a principal questão seja a seguinte: quem, no final das contas, vai assumir os Dodgers? Frank alega que ele é o único dono legal do clube e Jamie se defende que tem direito a uma parte (50%) da franquia. O documento que Frank usa a seu favor é um acordo feito entre o casal (em 2004) mostrando que Jamie ficaria com os 326 pedaços de terra pertencentes à família e ele seria o dono dos Dodgers. Ela refuta este documento e este será o problema que o juiz Scott Gordon, da Corte Superior de Los Angeles, terá que resolver e decidir quem será o favorecido.

A briga é de cachorro grande e todas as argumentações feitas por Frank e Jamie são formuladas pelos mais famosos advogados de Los Angeles e dos EUA. Todos eles estão acostumados a lidar com celebridades e interesses monetários.

Frank tem consigo Marshall Grossman, um experimentado advogado que recentemente representou a repórter da ESPN, Erin Andrews. Ele também assessora J.K. Rowling, Steven Spielberg e Mariah Carey. Há também uma equipe de veteranos advogados que acompanham o caso e auxiliam Frank.

Jamie tem seus “pit bulls” para defendê-la. Um deles chama-se Dennis Wasser, advogado que representou Tom Cruise contra Nicole Kidman e tem como clientes Jennifer Lopez, Jane Fonda e Rod Stewart. Outro nome forte do lado da Jamie é David Boises, que conseguiu derrotar a Microsoft num litígio contra o governo americano, e representou Al Gore (ativista e ex-vice presidente) contra a Suprema Corte dos EUA em 2000 (episódio da recontagem de votos da eleição daquele ano). George Steinbrenner (dono do New York Yankees), NASCAR e American Express são alguns dos clientes de Boises.

Dá para imaginar quanto será o gasto disto tudo. Frank estipula um valor entre 8 e 10 milhões de dólares que serão pagos aos seus advogados. Jamie já disse que sua defesa custará 9 milhões de dólares (Frank é quem vai/deverá pagar esta conta). Ou seja, uma das batalhas judiciais mais caras da história americana.

O receio dos fãs da equipe é que isto seja uma distração. O clube não fez nenhuma grande contratação na pré-temporada e muitos argumentam que o divórcio seja a causa principal para que isto acontecesse – curiosidade: o gasto com advogados será superior ao que o clube pagará para o seu infield titular neste campeonato.


O elenco perdeu os arremessadores Randy Wolf e Jon Garland, e também o 2B Orlando Hudson. Não foram adicionados nenhum atleta para repor-los, porém o time terá reforços ao longo deste ano. Foi isto que disse Frank numa rara aparição perante à mídia feita na semana passada. Ele também afirmou que “...a maioria dos assuntos do divórcio não tem nada a ver com beisebol...

Contudo, o torcedor local do clube está meio receoso, não entendendo como o terceiro principal mercado em toda a MLB tem um elevadíssimo custo (US$ 10 uma cerveja no Dodgers Stadium, US$ 15 o estacionamento e um aumento de 40% nos ingressos) que não resulta num time competitivo e atraente em campo. Tá certo que a base de 2009, bi-campeã da divisão Oeste da Liga Nacional, foi mantida e que muitos jogadores têm potencial de crescimento, mas o sentimento do consumidor é que o dinheiro que ele gasta (gastou) não foi para melhorar o clube e sim direcionado para os bolsos dos McCourts.

O desenrolar do divórcio entre Frank e Jamie terá uma audiência recorde, pois não são apenas os torcedores dos Dodgers interessados no desfecho desta novela. O caso, a cada dia que passa, aumenta em proporções cavalares, prato cheio para quem gosta de dramaticidade e confronto. As pessoas vão escolhendo o lado de sua respectiva preferência, ficando a favor de quem acha que está com a razão. No entanto o final feliz só será um: aquele que o Los Angeles Dodgers não sairá como grande perdedor.



(GL)


© 1 Pablo Martinez Monsivais / AP
© 2 Jon SooHoo / Dodgers Media

Mulher - Especial Danica Patrick


Peço licença aos leitores.

Neste Dia Internacional da Mulher, escrevo o artigo de hoje em primeira pessoa pra falar da personalidade esportiva que mais admiro: Danica Patrick. Logo mais ela estará chegando ao Brasil para disputar a São Paulo 300 (domingo, 14/03), grande prêmio de abertura da temporada 2010 da Indy Racing League (IRL). Tê-la por aqui será uma honra, alguém que é uma desbravadora num mundo cheio de masculinidade e “pré-conceitos”.

Veja o que Danica está fazendo na NASCAR, conservador reduto majoritário de homens. Ela está disputando uma sub-divisão (Nationwide Series) da categoria de stock cars americana. Com o início da IRL, ela só voltará a disputar a NASCAR em Setembro. Mas suas três corridas desta temporada já mostram a sua representatividade.

Destaco como exemplo o que aconteceu na corrida de Las Vegas (dia 28/02). Há uma tradição na NASCAR que cada piloto tem um trailer vendendo seus respectivos souveniers. O da Danica foi um dos mais populares do final de semana e, segundo um alto executivo de marketing esportivo (consultado pela ESPN), já ultrapassou em vendas Jimmie Johnson, atual tetracampeão da Sprint Cup (categoria principal). Este sucesso fez com que os patrocinadores da Danica decidissem colocar o trailer disponível aos fãs em outras corridas da NASCAR, mesmo com ela agora focada na IRL.

Jeff Mosley é o diretor de relações públicas do circuito de Las Vegas e no final de semana da corrida ele contou uma história interessante. Os torcedores ligavam pedindo ingressos para a “corrida da Danica”, nem se interessando por quanto custaria a entrada ou que hora seria o evento; queriam assistir a “corrida da Danica”.


Evidente que nada aconteceu por um acaso. Tenho a felicidade de acompanhar de perto sua carreira desde a Toyota Atlantic Series (espécie de divisão de acesso da IRL), mas o que marcou mesmo foi a temporada de novata em 2005 e a fantástica 500 milhas de Indianapolis daquele ano, quando liderou a prova por dezoito voltas no final da corrida. Porém seguindo ordens da equipe Rahal-Letterman, ela teve que diminui a velocidade para economizar combustível e três pilotos passaram sua frente. O quarto lugar foi a melhor posição (até então) de uma piloto na tradicional Indy 500.

Eu fiz questão de adquirir a revista Sports Illustraded que colocou Danica na capa após a espetacular atuação no lendário circuito. A manchete diz “The Start of Something Big” (O Começo de Algo Marcante). Esta é uma das peças do meu arquivo pessoal que considero de maior valor.

Os anos foram passando e Danica continuava impressionando a todos; só não conseguia vencer um GP. Até que chega 2008, outro momento que lembro com clareza. A corrida era no Japão (Montegi) e foi transmitida ao vivo pela BAND no começo da madrugada de sábado para domingo. Independente do horário, estava ligado na prova.

Tudo estava se desenhando para mais uma vitória de Scott Dixon.

O momento chave aconteceu na volta 148, quando os líderes entraram nos boxes para reabastecer. Dixon saiu na frente e Danica - agora na equipe de ponta Andretti-Green -, foi para o sétimo lugar (última posição dos carros que estavam na mesma volta do líder). Ela permaneceu com na mesma até a volta número 190, buscando economizar combustível para uma arrancada final. Foi quando os pilotos que estavam a sua frente começaram a fazer o splash-and-go (um abastecimento rápido nos pits) e só restou Hélio Castroneves à sua frente. Helinho não foi para os boxes mas, faltando cinco voltas para terminar a corrida, ele teve que reduzir a velocidade para completar a prova e Danica o ultrapassou à duas voltas do final e venceu.

O engraçado foi a entrega do troféu, quase da mesma altura dela.


Outro momento chave foi a Indy 500 do ano passado, quando Danica superou o quarto lugar de 2005 e terminou em terceiro, atrás de Dan Wheldon e do Helinho – o vencedor da prova. Estes e tantos outros feitos só corroboram suas atuações, mostrando que precisa receber o devido respeito que merece.

Provavelmente, a pauta das seções esportivas das redações da mídia brasileira já está pronta com o assunto Danica liderando a cobertura. Espero que enfoquem não só a estonteante beleza dela, mas que mostrem que este sucesso nas pistas não veio por acaso.

Exemplo:

- Seu pai já a colocava para dirigir kart quando ainda era criança. Ele levava a pequena Danica para disputar torneios, enfrentando assim os primeiros “pré-conceitos”. Os pais dos outros garotos perguntavam ao Sr. Patrick: “Porque você traz a garota pra correr?”. E ele respondia prontamente: “Porque não trazer?”.

Aos 16 anos ela recebeu um patrocínio e foi correr na Inglaterra (Formula Ford e Formula Vauxhall). Lá, como ela mesma diz, aprendeu mais sobre a vida do que propriamente sobre corrida. Mais “pré-conceitos” atingiram Danica, principalmente quando ela perdeu o seu primeiro patrocínio, alegando que ela era uma menina “baladeira”. O problema é que as baladas que ela frequentava sempre eram cheias de pilotos que competiam com ela. “Eu não estava fazendo nada de diferente do que os outros caras, mas por eu ser mulher, as pessoas começaram a comentar” diz ela sobre o episódio.

São inúmeras as histórias que Danica tem nestes seus 17 anos de carreira. Ela sabe que necessita ir além nas pistas, provando ser mais que um rostinho bonito dirigindo carros de corrida e que não são estes atributos que a colocaram dentro de um cockpit, e sim o seu talento. Entendo, contudo, que é impossível desassociar seus trabalhos de modelos, pois sua carreira fora das pistas é bem sucedida.

Desde os tempos de escola, quando era cheerleader.

Sua beleza só melhorou com o tempo e hoje ela é estrela de comercias e personagem favorita de publicitários. Revistas oferecem altas quantias de dólares para poder fazer um ensaio fotográfico com Danica, sabendo que o sucesso é garantido – que diga a Sports Illustraded, responsável em colocá-la duas vezes seguidas (2008 e 2009) na edição anual de biquínis; um estrondoso sucesso.


Isto só faz valorizar mais ainda Danica, que consegue administrar boas performances nas pistas e manter uma boa imagem fora delas, usando todos seus atributos da melhor forma possível. Muitos a amam, entretanto (por incrível que pareça) muitos a desprezam, mas é inegável o fato que ela é uma figura top no atual cenário esportivo mundial.

Pode entender esta opinião como sendo totalmente parcial, porque sou suspeito em dizer qualquer coisa sobre Danica Patrick. Não tenho o costume de ser tão torcedor de alguém e/ou alguma coisa, porém ela atrai atenção. Futuras coisas podem acontecer que venham a mudar minha opinião, mas hoje vale gastar um pouco do vocabulário e definir em uma palavra o que ela é para mim:

Esplêndida.



(GL)


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